Aparência,
Mya poderia se passar por um anjo caído dos céus, se não fossem os olhos. Apesar do rosto pálido de porcelana, os lábios macios escarlate e os cabelos sedosos, levemente cacheados, castanho escuro, seus olhos são dois globos azuis escuros cor de meia noite que engolem tudo e não devolvem nada. É fácil se perder no seu olhar. É magra e pequena, mas seu peso é bem balanceado. Está sempre vestida para matar, como Roman diria, sempre com uma faca ao alcance da mão, botas de combate de cano alto e um espartilho tão escuro quanto a noite. Tem algumas marcas e cicatrizes pelo corpo, mas gosta de pensar que são um charme pessoal. Quando sorri, profundas e simpáticas covinhas aparecem em suas bochechas
História,
Maegary nasceu nos arredores de Minsk, na Rússia, fruto de uma união pecaminosa da mulher do moleiro com um demônio chamado Bartok que passava pela região. A mulher, Anita, tinha sido seduzida pelo monstro que desejava conseguir uma criança que crescesse para tornar-se sua seguidora. Anita morreu prematuramente, durante o parto e o moleiro decidiu assassinar Maegary no berço, para cortar o mal pela raiz, mas acabou não sendo capaz. A garota tinha olhos tão doces que amoleceram o coração do homem e criou o bebe como sua filha legitima, apelidando-a de Mya.
Mya era a caçula de seis irmãos, estes filhos legítimos do moleiro. Viviam numa pequena fazenda com três moinhos, não tinha muito dinheiro, mas sempre conseguiam por o pão na mesa no final do mês. O moleiro temia que a criança acabasse por se tornar perversa como o pai, mas Maegary sempre se mostrou ser uma garotinha raquítica sorridente, o completo oposto da maldade do demônio que tinha dentro de si. Encantava a todos com sua gargalhada infantil e adorável, e embora fosse verdade que se revelava ser amante de uma boa travessura, especialmente se esta envolvesse o gato do vizinho que era a freqüente vitima de suas pegadinhas, em sua essência, Maegary era boa. O grande problema era a espera sem fim pelo dia em que Bartok voltaria para buscar a filha.
Foi aos dez anos, quando brincava na neve com o irmão mais velho. Nikolay sempre foi seu melhor amigo, o mais velho já tinha o rosto barbado de um garoto de vinte anos, mas o coração era mole como aço derretido. Empurrava o trenó feito com madeira de casca de arvore pela neve enquanto Mya ria, se divertindo horrores. – Hora do jantar – chamou o moleiro. Mya apostou corrida com Nicolay, suspeitava de que o irmão a tinha deixado vencer, mas mesmo assim comemorou a vitoria enquanto se livrava das botas pesadas e sentava-se a mesa junto a família. Estavam prontos para atacar a comida, quando um vento frio bateu, apagando as velas que iluminavam a mesa e tingindo o rosto do moleiro de medo. – Nikolay – ele disse – Leve Mya para o quarto. – mais do que na hora, Nikolay se pôs em pé, pegando Maegary no colo e subindo as escadas com ela, deixando o pai e os outro quatro irmãos para trás.
Depois de colocá-la na cama, Nikolay sussurrou para que ficasse ali e caso alguma coisa desse errado, ela deveria correr, pegar o cavalo e fugir o mais rápido que pudesse. Mya anuiu com a cabeça, mas assim que Nikolay desapareceu pela porta, a garota se esgueirou para fora do quarto e foi até a cozinha. Não podia ser vista, por isso escondeu-se dentro do armário da pia, onde cabia perfeitamente e podia ver sem ser observada. Primeiro só havia a família: o moleiro, Nikolay, Vlad, Mikkos, Dimitri e o mais novo dos rapazes, Alec. Mas então o frio veio outra vez e em um segundo a porta estava aberta, onde uma figura encapuzada aguardava, alto e imponente. – Onde ela está? – perguntou o homem, adentrando a casa sem pedir permissão. – Não sei do que você está falando – respondeu o moleiro, colocando-se a frente dos filhos. – Vai se fazer de ignorante para mim, homem? – Bartok riu – Como quiser. – Maegary piscou e em um segundo o homem tinha lançado o moleiro na parede, este tossia fraco enquanto Nikolay o erguia do chão – Deixe-nos em paz! – gritou o irmão, só para ser atirado longe pelo demônio. – Não vão falar? Otimo... – e depois, o rosto bonito do homem foi se deformando até se transformar em uma criatura hedionda.
Bartok massacrou os cinco irmãos e o pai bem diante dos olhos de Mya, ela assistia impotente de dentro do armário, rezando para que fosse só um pesadelo. Queria fechar os olhos, mas o sangue era tão vermelho que tinha paralisado seus músculos. Ao terminar a matança, o rosto de Bartok voltou ao normal, ensangüentado enquanto chamava – Mya! – gritou. – Vou te encontrar, saía de onde se esconde! – ele falava, como se brincassem de pique esconde. Lagrimas quentes escorreram pelo rosto da garota enquanto o demônio se aproximava do armário onde se escondia e erguia a mão para abri-lo. Ela fechou os olhos rezando para que um anjo viesse salva-la e esperou. Esperou que Bartok a encontrasse, mas estava demorando. Finalmente, arriscou abrir um olho e o demônio já não estava lá. Hesitante, saiu do esconderijo encontrando um homem alto de mais de 30 anos que terminava de partir os escombros que um dia foram Bartok. – Quem é você? – perguntou, com medo. O chão estava sujo com o sangue dos seus irmãos e do moleiro. – Meu nome é Roman – disse o homem que tinha um sobretudo pesado sobre o corpo
Roman explicou para Mya que no passado tinha sido um arcanjo, mas teve suas asas arrancadas. Desde de então, vinha protegendo inocentes como Mya, mesmo sendo um mero mortal. Tinha se transformado de anjo para caçador e ia cuidar dela. Explicou também sobre as origens de Mya, sobre seu lado demoníaco e a terrível verdade: Bartok era seu pai. Durante dias, a garota ia dormir e sonhava com os rostos vazios e mortos de sua família, via Bartok arrancando pedaço por pedaço os membros de seu irmão enquanto chamava por ela e então acordava assustada. Então vinha Roman, consolá-la até que voltasse a dormir um sono sem sonhos. Ficou assim durante tempo demais, estava ficando cada vez mais magra e pálida, já não comia mais. Os risos desapareceram e nem as travessuras a alegravam. Até que um dia decidiu por um fim naquilo, foi até Roman em seu arsenal de armas e pediu – Quero que me ensine a caçar – disse. Tinha decidido livrar o mundo de criaturas como Bartok. Roman concordou e desde então passou a treinar seus sentidos, reflexos e mente.
Mya cresceu cada vez mais forte, tornando-se uma atiradora de facas formidável, com um belo tato para a luta de rua, reprimia o demônio dentro de si enquanto aprendia sobre a fraqueza de todos os seres das trevas. Ao fim de anos de pratica, a garota tinha aprendido a conviver com seu passado, já não chorava mais ao pensar na família. Pelo contrario, jurou vingá-los ao matar cada ser das trevas que encontrasse. Roman tornou-se um incone para Mya, apesar de não ser mais um anjo, ele seria sempre um deus e um pai para ela. Ele a ensinou inglês e o Francês, além do treinamento diário de caçadora.
Separaram-se quando completou vinte anos, já era hora de seguir seu próprio caminho e traçar seu destino. Despediram-se, prometendo um ao outro que voltariam a se encontrar em breve e então Mya zarpou para os Estados Unidos, chegando em São Francisco, onde começaria uma bela reputação como Maegary Dostoievsky, o demônio que caça demônios. Ou como era conhecida na Rússia: Slayer.
(desculpem pela história quilométrica, serio. FHSFHOI tentei editar o maximo possível.) Personalidade & Fraquezas,
Mya consegue atingir os opostos com muita facilidade, tem um gingado sedutor e um sorriso adorável de partir corações, mas seus olhos podem ser frios ou calorosos. Por ser parte humana, parte demônio, nunca conseguiu abandonar completamente a sensibilidade de seu coração ou calar suas emoções, freqüentemente acaba perdendo o controle da situação por ser explosiva ou emotiva demais na hora errada. Busca manter uma indiferença usual com todos ao seu redor e evita estreitar relações com qualquer um. Mya é uma justiceira, boa e má ao mesmo tempo. Adora uma ironia, e não é tímida na hora de beber, seu único amigo é Roman, a quem ela considera como um segundo pai, depois do moleiro. É melhor não insultá-lo na sua frente, ou Mya provavelmente vai comer seu coração enquanto você ainda está vivo.
Habilidades & Poder,
Não se deixe enganar por sua aparência frágil de garotinha e o rosto de boneca russa branca como a neve, Mya é uma maquina mortífera e as chances são que vai tentar matá-lo antes mesmo da sobremesa. Roman a treinou muito bem, antes dos dezesseis, Mya já tinha se tornado mestre em Krav Magá e faixa preta na maioria das artes marciais existentes. A garota canaliza todo o ódio em seus movimentos e é uma tremenda atiradora de facas. Seu corpo é flexível, permitindo movimentos sutis e ágeis. Com dezessete anos, Roman a levou na sua primeira missão, onde ela matou um bruxo poderoso que usava sua força para abusar de jovens bruxas e roubar seus poderes. Ao fazê-lo, os poderes demoníacos de Mya cresceram e ela foi capaz de controlar sua telepatia, eletrocinese e pirocinese. Embora não goste de seu lado demoníaco, Maegary os usa para caçar outros como ela. Além de tudo, pode tremular, como qualquer demônio. |